“Quem diz que a melhor fase da vida é a infância, é porque nunca fez intercâmbio!”
Após 5 experiências de intercâmbio, de estudos e trabalhos, acredito que o intercâmbio é realmente uma experiência fascinante onde temos contato com diversas situações que tendem a fortalecer nosso aprendizado e nos enriquecem enquanto pessoas.
Você já pensou o que faz desta fase um sucesso e quais os desafios envolvidos?
Ao longo desta jornada que você pretende iniciar, ou que está vivenciando, muitos serão os desafios que o acompanharão na sua experiência, mas vamos destacar três:
1- A Cultura: a cultura (brasileira e do país em que você viverá) irá impactar, de alguma forma, o seu intercâmbio.
2- As Diferenças: na comunicação (e não apenas no idioma),na percepção, nos comportamentos, na alimentação, no clima – você as vivenciará!
3- Os Sentimentos e Sensações: medo, frio na barriga, saudade, desejo de superação, ambiguidade – alguns destes te acompanharão na sua caminhada.
O que vai te auxiliar a ter sucesso no seu intercâmbio, acredite, não é a proximidade da sua acomodação com a escola, o clima favorável ou fatores da alimentação, mas são as relações e conexões que você vai estabelecer com as pessoas e como você vai lidar com as diversas situações que vivenciará durante esta fase da sua vida.
E então podem surgir pensamentos como: “Ah Karen, mas eu sou brasileiro né?! Darei um jeitinho para me virar por lá”!
Pensamentos como este nos levam a identificar alguns comportamentos e atitudes implícitos, como:
– o famoso “jeitinho brasileiro” – cuidado! ele não é válido em outros contextos;
– uma postura de “deixa a vida me levar, vida leva eu..” – ausência de planejamento e preparação;
– crença de que o nosso comportamento, é em certo momento, superior – etnocentrismo*.
E afinal, como podemos nos preparar para estas experiências?
Os convido a conhecer uma novo elemento do seu programa de intercâmbio ,tão importante quanto os demais itens – escolha do país, da escola, do tipo de acomodação: a Interculturalidade.
Por meio da interculturalidade, busca-se:
* Facilitar o processo de adaptação, intercâmbio e diálogo cultural, utilizando-se de competências interculturais;
* Promover encontros interculturais proveitosos e o bem estar ao viver em um outro país;
* Educar-se para a tolerância e a diversidade ao aprender com aquilo que diverge de você;
* Para além de conhecer um cultura, é compreendê-la!
Tais competências e habilidades interculturais , das quais precisamos nas situações de intercâmbio para lidar com as situações que vivenciaremos, não são naturais em nós e precisamos, assim como qualquer outra competência, desenvolvê-las!
Se você prepara tantas coisas para o intercâmbio – a agência, a escola, o país, o visto, entre tantos outros – porque não preparar o elemento mais importante nesta aventura? VOCÊ!
A MAPAei te auxilia também nesta jornada!
Oferecemos uma orientação intercultural que visa preparar você, estudante e profissional ,para situações que irá vivenciar ao longo do seu intercâmbio – sentimentos, fases de adaptação, comunicação intercultural, percepções – propondo estratégias para contribuir com o sucesso do seu sonho de intercâmbio.
Queremos colocar na sua bagagem, além dos seus itens pessoais, elementos como: flexibilidade, tolerância, respeito, iniciativa, observação, curiosidade e protagonismo!
E lembre-se: quem vai não é o mesmo que volta!
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* Etnocentrismo: se faz presente quando compreendemos e enxergamos o outro, a outras culturas, considerando a nossa própria cultura, opinião ou realidade como a “normal”, superior ou ainda, a única válida. O oposto trata-se do relativismo cultural.
Karen Goes é Psicóloga com atuação em capacitação Intercultural e de Gestão de Pessoas, Coordenadora de treinamento intercultural para imigrantes e refugiados pela SIETAR e responsável pelo serviço de Orientação Intercultural da MAPAei.