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Ni Hao,
Hoje é um dia muito especial! A Shenzhen University, satisfeita com o trabalho de suporte ao estudante brasileiro que a MAPAei já vinha prestando, acaba de formalizar a relação de cooperação mútua entre as duas partes o que, certamente, nos coloca em posição privilegiada dentro da universidade.
As matrículas para o próximo semestre já estão abertas e o sonho de quem deseja estudar mandarim na China ainda mais concreto. Informações – Clique Aqui!
Todo esse processo de formalização da nossa relação de parceria acabou por me fazer lembrar de um post que escrevi há dois anos, quando ainda era apenas uma estudante da SZU, o qual compartilho com vocês abaixo. Muitas saudades deste tempo!
Onde há um desejo, há um caminho.
Ouvi esta frase na cerimônia de abertura das aulas para estrangeiros da Universidade de Shenzhen, em 2012, quando começei a estudar mandarim. Acredito que seja realmente este o sentimento das centenas de estudantes que lotaram o auditório da universidade, um dia antes do início das aulas. Este era, com certeza, o meu sentimento. Aprender, aprender, aprender. E daí que seja super difícil falar mandarim? Se há vontade, então há solução!
A universidade é enorme! E linda! Chegar é fácil, mas cansativo. O ônibus fica lotado, o calor frita o cérebro, a entrada da universidade é longe do prédio onde estudamos, ficamos lá todos os dias de 8:30 às 11:50 e, ainda sim, esta foi a melhor experiência pela qual passei nos últimos anos.
Minha sala era uma verdadeira torre de Babel. Fiz amigos para o resto da vida, embora boa parte deles nem more mais na China. Olhem só os países dos coleguinhas: Argélia, Cazaquistão, Rússia, França, Bolívia, Israel, Moldávia, Irã, Japão, Espanha, Finlândia, Turquia, Estados Unidos, Mongólia e Brasil representado por mim e pelo meu enteado, Fernando.
As aulas são muito legais. Eu tinha duas professoras: uma de “Ouvir e Falar” e outra de “Ler”. Uma professora se chamava Zhang e a outra Zheng que era para gente já ir se acostumando a ficar confuso até na hora de chamar a “tia”!
Eu já possuia alguma noção de mandarim por conta de aulas particulares que tive logo que cheguei à China, mas há aluno que dá pena! O japonês, o argeliano e a mongol (quem nasce na Mongólia), além de não falarem inglês, suas respectivas línguas possuem alfabetos diferentes do romano. Ou seja, eles não conseguem entender o que a professora está falando, não conseguem ler o pinyin e menos ainda os caracteres chineses. E vocês acham que isso chegou a ser um problema? Todos eles, sem exceção, aprenderam o mandarim até mais rapidamente do que aqueles que falavam inglês. Como diz o ditado, a dor ensina a gemer!
Certa vez, tive que fazer um exercício com a Tsatsral (minha colega da Mongólia cujo nome ninguém, além dela mesma, consegue pronunciar) e precisei desenhar uma pessoa comendo uma galinha para ela poder entender do que a professora estava falando!
Enfim, a cada dia que passa, nos aproximamos mais dos colegas e suas culturas, nos perdemos menos no campus, descobrimos palavras novas, aprimoramos nossa pronúncia, reconhecemos caracteres diferentes e nos sentimos cada vez mais como verdadeiros cidadãos do mundo!
Se você é uma dessas pessoas que possui um desejo de verdade, não se esqueça de que há sempre um caminho! Será um prazer conversar com você!
Christiane Dumont é publicitária e vive há quase quatro anos em Shenzhen. Casada, mãe de 3 filhos, ela trabalha fornecendo suporte a brasileiros que desejam fazer negócios, estudar ou conhecer a China. Christiane também escreve para sites e mídias sociais e atua como gerente de marketing de um centro de língua e cultura que visa estreitar as relações entre chineses e estrangeiros do mundo inteiro. Ela é parceira exclusiva da MAPAei na área de educação e organiza o Programa Welcome Plus em Shenzhen. christianedumont@hotmail.com
Parabéns, Chris!! Você é sempre um sucesso!
Valzita, que alegria te ver por aqui! Obrigada pelo carinho de sempre!!!